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CEFET-MG

Perguntas e Respostas

Última modificação: Quinta-feira, 19 de agosto de 2021



Nesse espaço você encontrará as perguntas e respostas mais frequentes sobre o Programa InteGra e o processo de reestruturação dos PPCs da graduação.

Você também pode enviar um e-mail com dúvidas e sugestões para integra@cefetmg.br. Participe e nos ajude a construir o InteGra!

O Programa InteGra

1) O que é o InteGra?

É um Programa da Diretoria de Graduação que, por meio de um conjunto de ações, tem por objetivo conduzir o processo de reestruturação dos Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) de Graduação.

2) O que é o Projeto Pedagógico de Curso (PPC)?

O PPC é um documento de orientação acadêmica em que constam, dentre outros elementos, conhecimentos e saberes considerados necessários à formação das competências estabelecidas a partir do perfil do egresso; estrutura e conteúdo curricular; ementário, bibliografias básica e complementar; estratégias de ensino; recursos materiais, serviços administrativos, serviços de laboratórios e infraestrutura de apoio ao pleno funcionamento do curso.

Integração Curricular Das Ações De Extensão

1) O que é uma ação de extensão?

Entende-se por ação de extensão um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico, tecnológico e político que tem como objetivo promover uma interação transformadora entre a Instituição e os demais setores da sociedade, por meio da produção e aplicação de conhecimento em articulação contínua com o ensino e a pesquisa.

2) Quem será responsável por gerenciar as atividades de extensão?

De acordo com o Regulamento de Ações de Extensão (RESOLUÇÃO CD-014/17, de 28 de junho de 2017), a equipe executora de uma ação de extensão deverá ser coordenada por um servidor docente ou técnico-administrativo em educação, integrante do quadro permanente do CEFET-MG que esteja em efetivo exercício.

3) O que significa “curricularização” da extensão?

Trata-se de um processo de creditação ou integração curricular das atividades de extensão, considerando sua indissociabilidade com o ensino e a pesquisa, e, perfazendo, no mínimo, 10% dos créditos curriculares dos cursos de graduação. Vale ressaltar que o termo em si não consta no Plano Nacional de Educação, contudo, o essa denominação tornou-se comum na literatura que trata dessa temática.

4) Quais ações de extensão podem ser usadas para integralizar a carga horária do discente?

Considerando a RESOLUÇÃO CGRAD 29/21, de 10 de junho de 2021, os PPCs deverão prever a possibilidade de os discentes integralizarem o percentual mínimo de 10% de sua carga horária nas seguintes modalidades de ações de extensão (AEX):

  • Programas, projetos, cursos e eventos;
  • Programas de extensão específicos dos cursos PPC do curso;
  • Ações de extensão no âmbito de Programa de Educação Tutorial (PET), do CEFET-MG.

A participação do discente, regularmente registrada na Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário, será certificada no final da ação e, assim, ele poderá solicitar a integração dessa carga horária.

Ainda é possível o aproveitamento de carga horária de ações de Extensão realizadas em outras Instituições de Ensino de Extensão, devidamente certificadas.

5) Os 10% da carga horária referente à extensão será acrescentado ao curso?

Não. As diretrizes para integralização das ações de extensão determinam que não se altere a carga horária total do curso.

6) As ações de extensão deixarão de figurar para contabilização das atividades complementares?

As ações de extensão realizadas pelo discente que não tiverem sua carga horária utilizada para cumprimento das AEX, poderão ser contabilizadas como Atividades Complementares, de acordo com normativas internas da Coordenação de Curso.

7) O que é protagonismo discente no contexto da curricularização de ações de extensão?

Podemos considerar o protagonismo em relação às ações de extensão como a capacidade de o discente observar a sua realidade social, interagir com a comunidade externa à nossa instituição, identificando e refletindo sobre questões complexas da sociedade contemporânea, buscando intervir para a superação de problemas sociais.

8) Qual a data limite para curricularização da extensão?

De acordo com a RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 1, de 29 de dezembro de 2020, o prazo para implantação das Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, (RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 7, de 18 de dezembro de 2018), foi prorrogado para a data de 19 de dezembro de 2022.

Diretrizes curriculares para os cursos de engenharia (DCNs)

1) Qual a finalidade das Diretrizes Nacionais Curriculares (DCNs) do curso de Engenharia?

Segundo a RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 2, de 24 de abril de 2019, as DCNs definem os princípios, os fundamentos, as condições e finalidades para aplicação em âmbito nacional, na organização, no desenvolvimento e na avaliação do curso de graduação em Engenharia das Instituições de Ensino Superior (IES).

2) Quais as características que compõem o perfil do egresso do curso de graduação em Engenharia, segundo as novas DCNs?

O perfil do egresso deve compreender, dentre outras, as seguintes características:
I – ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica;
II – estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora;
III – ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de Engenharia;
IV – adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática;
V – considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho;
VI – atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável.

3) Qual o prazo para implantação das novas DCNs pelas IES?

O prazo inicial estabelecido na Resolução CNE/CES 02/19 era abril de 2022. Contudo, em função calamidade pública provocada pela pandemia da COVID-19, ao prazo limite foi adicionado mais um ano (Resolução CNE/CES 01/20). Desta forma, as IES tem até abril de 2023 para que as DCNs estejam completamente implementadas nos PPCs de Graduação.

4) O que é competência?

O termo competência tem sido alvo de definições em diversas áreas como, por exemplo, administração, sociologia, linguística e educação. Nessa última, um dos conceitos mais recorrentes é a concepção cunhada por Zabala e Arnau (2010)[1]: “a competência, no âmbito da educação escolar, deve identificar o que qualquer pessoa necessita para responder ao problema aos quais será exposta ao longo da vida. Portanto, a competência consistirá na intervenção eficaz nos diferentes âmbitos da vida, mediante ações nas quais se mobilizam, ao mesmo tempo e de maneira interrelacionada, componentes atitudinais, procedimentais e conceituais.” Em outras palavras, trata-se de um saber-agir que no caso do estudante de engenharia pode significar a mobilização de conhecimentos por meio de habilidades a solucionar problemas e demandas reais da vida prática no contexto da sociedade atual.

[1] Zabala, Antonio; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar por competências. Porto Alegre: Penso, 2014

5) Qual a importância das novas DCNs na redação dos PPCs?

Mais do que um documento, os PPCs refletem o processo de planejamento e construção coletivos, em torno de um objetivo formativo, sendo um espaço democrático de discussão e reflexão constante sobre o curso. As DCNs, nesse contexto, são de extrema importância e devem ser observadas para a redação dos PPCs uma vez que tratam-se de diretrizes em nível nacional para a organização e elaboração e planejamento dos cursos superiores nas IES. Além disso, as DCNs também são observadas como parâmetro para a avaliação dos cursos por meio do SINAES.  

6) Quais os conteúdos básicos devem ser contemplados nos PPCs das habilitações do curso de Engenharia?

 Segundo o art. 9º. § 1º, todas as habilitações do curso de Engenharia devem contemplar os seguintes conteúdos básicos, dentre outros: Administração e Economia; Algoritmos e Programação; Ciência dos Materiais; Ciências do Ambiente; Eletricidade; Estatística. Expressão Gráfica; Fenômenos de Transporte; Física; Informática; Matemática; Mecânica dos Sólidos; Metodologia Científica e Tecnológica; e Química.

7) Como as novas DCNs observam o processo de avaliação?

Segundo a nova resolução, em seu art. 13º, o processo avaliativo dos estudantes deve ser organizado como um reforço em relação ao processo de ensino e aprendizado com o objetivo de favorecer o desenvolvimento das competências almejadas. Assim, a legislação observa que:

  • 1º As avaliações da aprendizagem e das competências devem ser contínuas e previstas como parte indissociável das atividades acadêmicas.
  • 2º O processo avaliativo deve ser diversificado e adequado às etapas e às atividades do curso, distinguindo o desempenho em atividades teóricas, práticas, laboratoriais, de pesquisa e extensão.
  • 3º O processo avaliativo pode dar-se sob a forma de monografias, exercícios ou provas dissertativas, apresentação de seminários e trabalhos orais, relatórios, projetos e atividades práticas, entre outros, que demonstrem o aprendizado e estimulem a produção intelectual dos estudantes, de forma individual ou em equipe.

 

8) O que muda com as novas DCNs em relação ao Trabalho de Conclusão de Curso?

As novas diretrizes substitui o termo Trabalho de Conclusão de Curso, TCC, por Projeto Final de Curso, PFC. Na prática, não se trata apenas de uma mudança de nomenclatura, mas da exigência formal de que todos os estudantes de graduação em Engenharia apresentem, no final do curso, um projeto devidamente orientado. Além disso, esse projeto deve demonstrar a capacidade de articulação das competências inerentes à formação do engenheiro, conforme destacam as novas diretrizes.

9) O que dizem as novas DCNs sobre a formação do corpo docente?

Em relação ao corpo docente, as novas DCNs observam a necessidade de que o curso de graduação em Engenharia mantenha um programa permanente de formação e desenvolvimento do seu corpo docente, tendo como objetivo valorizar as atividades de ensino e aproximar os docentes dos projetos pedagógicos de curso, PPCs, sobretudo em relação à proposta formativa e o domínio teórico-metodológico das atividades descritas pelos cursos nesses documentos.